quarta-feira, 16 de junho de 2010

Um sentimento, uma idéia, um blog!

É, três dias depois de um sábado ensolarado perfeito para passar junto a alguém, certo? Eu ia começar esse blog naquele dia mesmo, no Dia dos Namorados, mas preferi ficar deitada assistindo "Vai dar namoro" e pensando: O mundo definitivamente acabou.
Porque agora além de termos comidas instantâneas desenvolvemos também amor instantâneo, não é uma maravilha? Não. Eu te olho, você me olha, pisca, e "tanãm", eu te amo. Uma palhaçada!
Mas enfim, naquele dia tão mágico eu, no auge dos meus 17 anos estava numa festa junina, isso mesmo que você leu. Olhando as pessoas que passavam, um casal e outro se amassando, solteiras desesperadas se entupindo de comida pra suprir o vazio que sentiam por dentro, um sertanejo ensurdecedor penetrando nos meus ouvidos, as garotas de olho nos garotos e vice-versa, crianças gritando e pescando sua felicidade, até aí dava pra aguentar.
Mas meu desespero começou quando as meninas comprometidas começaram com os olhos brilhando, o sorriso que já nem dava pra encontrar porque tinha saido do rosto de tão grande, gesticulando sua felicidade a contar de seus presentes, ligações, cartões e flores. Foi nesse instante que eu, vomitei.
Me senti esquartejada, divida em milhares de sentimentos, felicidade pelas meninas, frustração por mim, vergonha por eles, afinal, flores é tão démodé. Fiquei meio tensa e resolvi devorar uma mini pizza, depois de me descontrair um pouco voltei à sala, olhando para o chão e notando a sujeira que estava em todos os lugares. Paralisei por um instante, segurei meus olhos ao notar que as meninas estavam recebendo coraçõezinhos de papel enviados pelo correio elegante, me senti um pouco desconfortável, fui embora.
Chegar em casa foi muito estranho, eu estava estranha, cansada e meio nostálgica fui deitar, tentei assistir TV, mas só o que eu via era toda aquela besteira de dia dos namorados, desliguei a TV no momento em que vi um pedacinho de "Vai dar Namoro", aí me indignei. Coloquei meu CD no rádio e adormeci ao som de The Subways, acordei meia hora depois mais calma. Vim direto pro computador, entrei no MSN, bisbilhotei o Orkut e fiquei parada definhando.
Para minha sorte um amigo veio falar comigo, ele até tem uma namorada mas ela está longe então dá no mesmo. Conversamos, contamos sobre nosso super dia, ele sugeriu que fizessemos companhia um pro outro, eu tinha escolha? Eu aqui, ele lá sabe Deus onde unidos por um teclado, um fio e uma tela, super romântico, não? Apesar do nosso namoro ser só de brincadeira me senti menos sozinha, até me acostumei a chamá-lo de amor. Namorados que são namorados têm fotos de beijo, e com nós não foi diferente, mesmo que por montagem, nós nos beijamos. Essa situação me recordou uma música da Tequila Baby: "Ela adora punk rock eu sei, e passa o tempo livre na frente do computador, toda diversão que ela tem é sexo virtual com alguém que não pode tocar..."
A festa junina me rendeu aproximação com umas meninas, descobrimos gostos em comum e marcamos um filminho com pipocas e bis, tudo por MSN. Conversei com amigas pra saber como tava o super sábado sozinhas, dei boas risadas. Naquela altura da noite eu só desejava uma garrafa de Vodka, uma bomba de chocolate e alguém pra assistir TV comigo, já que até minha mãe me deixou junto ao vácuo.
Derrepente um estalo, desliguei o computador, corri pro quarto assistir nada mais nada menos que Lipstick Jungle, depois disso eu dormi.

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